domingo, agosto 05, 2007

Posted on 8/05/2007 10:47:00 PM by Polêmicas Contemporâneas

TATIANE DE ANDRADE NEVES



Deficiente mental não é doença



A Inclusão de pessoas com deficiência mental no mercado de trabalho tem aumentado, porém sofrem ainda grande preconceito. A população brasileira não distingue deficiência mental de doença mental, por isso muitas empresas tem receio de contratar uma pessoa com deficiência mental. Por que acreditam que essas são agressivas e desequilibradas.

O deficiente mental possui apenas um baixo rendimento cognitivo, que não afetam outras regiões do cérebro. Enquanto o individuo com doença mental tem um desconforto emocional que muitas vezes o torna agressivo.


A APAE (Associação de pais e amigos do excepcional) em São Joaquim na cidade baixa, possui o CEFAP (Centro de formação e acompanhamento profissional). Trabalha de forma particular com Formação profissionalizante para jovem e adulto com deficiência mental. Além de formar para o trabalho, essa Ong ainda insere a pessoa com deficiência nas empresas cadastradas e fazem palestras para conscientização dos funcionários e pessoas que deverão conviver com o deficiente no mundo do trabalho. Explicando o que é deficiência mental e ressaltando suas capacidades e possibilidades.

O CEFAP oferece oficinas de auxiliar de panificação e confeitaria, jardinagem e paisagismo, serviços gerais, copa e cozinha, lanches comerciais, office boy, estuqueiro e pedreiro. Além disso, no Centro Produtivo alunos contratados pela própria Apae produzem artesanatos de madeira e confecções que são comercializados pela instituição. A área artística não foi descuidada e ganhou destaque na Apae. A Companhia Opaxorô, de dança e percussão, formada por 16 jovens, atua em nível profissional, com direito a registro na DRT, e já fez apresentações até internacionais, ganhando cachês.


Em todo o ano passado o Centro de Formação e Acompanhamento Profissional (Cefap) da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae/Salvador) encaminhou 48 alunos para o mercado de trabalho. Só nos primeiros três meses deste ano o número de aprendizes contratados já passa de 30. É um sinal de que os empresários estão mais conscientes da necessidade de dar oportunidade às pessoas com deficiência, reconhecendo o valor da diversidade.

Independentemente da Lei de Cotas, a nº 8.213/91, que obriga as companhias com mais de cem empregados a contratar de um a cinco portadores de deficiência, os empresários estão percebendo que esta atitude “traz um diferencial, agrega valor às suas empresas”. Atualmente o Cefap acompanha 135 alunos inseridos em empresas parceiras de diferentes setores, além de quase 50 que continuam empregados, mas já não precisam do monitoramento da Apae. “Esses já andam com as próprias pernas no mercado de trabalho”.

Entre as empresas parceiras da Apae no programa de Educação Profissional estão Rede Bahia, Perini, Le Bisquit, Caraíba Metais, Bosh, Mundo Verde, Continental Pneus, hotéis Mercure, Ibis e Vila Galé; hospitais São Rafael, Espanhol, Português e Salvador; colégios Anchieta, Integral e Faculdade Área 1; supermercados Hiper Ideal e Super monteiro.

Essa iniciativa nos alegra porque percebemos o que a educação pode proporcional aos indivíduos que há alguns anos atrás eram ditos como incapazes. Hoje o deficiente mental pode se senti útil e ter perspectivas no mercado de trabalho como qualquer cidadão brasileiro.












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